Os amantes do esporte e a própria ciência têm um interesse máximo de identificar jovens atletas como promessas de sucesso no esporte.
Ao surgir um bom resultado feito por um atleta, os “experts do nada” logo apostam na “possível futura e imaginária medalha olímpica”.
Na verdade, identificar talentos em estágio inicial é importante. Cuidar deles e monitorá-los é a chave do sucesso.
Na natação os recordes são quebrados com uma constância maior que o presumido. Atletas cada vez mais jovens ocupam lugar no cenário, atropelando paradigmas de idade, força física, experiência e controle emocional.
A literatura relata que o desempenho na natação de jovens é muito dependente de variáveis relacionadas à técnica (educação de movimentos) e dimensões corporais. A pesquisa em nadadores jovens tem sido amplamente focada na avaliação da antropometria, força e condicionamento, biomecânica, energética e eficiência.
Mas são dados, não “mapas astrais da felicidade”. Falta nessa equação as interações dinâmicas e complexas entre os determinantes de desempenho ao longo do tempo. Bem como, o tipo de apoio, vida pessoal, acompanhamento técnico, suporte financeiro, calendário, treinamento, equipe multidisciplinar. Complexo…
Os profissionais mais experientes sabem que precisam de um acompanhamento sério dos nadadores, nos fatores que mudam ao longo do tempo, sua interação e seu efeito no desempenho, concentrando-se em uma abordagem de longo prazo.
Neste último final de semana, um “cometa” chamado Lucas Dé dos Santos, da cidade de Americana, com 12 anos (faz 13 em junho), fez 55,22 (100 livre); 1,59,31 (200 livre); 4,16,30 (400 livre) e 8,51,59 (800 livre).
Ele é alto, com parâmetros antropométricos desenvolvidos e possui uma boa técnica. Diferenciado.
Possui bons fundamentos de saídas e viradas, faz uma estratégia de prova dentro de uma racionalidade compatível com a idade. E, o mais importante: brilho nos olhos para nadar.
Lucas é da mesma cidade de um outro talento da natação – Murilo Sartori, medalha de bronze no Mundial Junior 2019, nos 200m livre, nadador olímpico em 2021 e recordista mundial em 2018 do revezamento 4×200 livre em piscina curta.
Não é coincidência. O trabalho do técnico se fez presente!
Mais um “cometa” buscando virar estrela…Sucesso!
Texto escrito por RICARDO DE MOURA