O local de nascimento, ou seja, a geografia, é um dos muitos fatores que influenciam o desenvolvimento de talentos no esporte.
Quando o local de nascimento leva a vantagens na participação ou no desempenho esportivo, isso é chamado de efeito do local de nascimento.
Recentemente, os pesquisadores tentaram entender melhor os efeitos do local de nascimento considerando várias métricas que servem como substitutos para vantagens de nascimento; por exemplo: tamanho da população, densidade populacional e proximidade de clubes esportivos.
Os mecanismos que explicam os efeitos do local de nascimento incluem infraestrutura (ambiente e instalações) e estrutura social (família e segurança), embora as diferenças contextuais sobre a cultura esportiva dificultem uma avaliação mais precisa.
A revista americana Swimming World, fez um levantamento sobre o Campeonato Mundial de Natação e aponta os países com o maior número de medalhas nas 19 edições anteriores em natação. Os 10 primeiros: 1. Estados Unidos, 551; 2. Austrália, 236; 3 China, 121; 4. Alemanha Oriental, 115; 5. Alemanha, 93; 6. Rússia; 84; 7. Grã Bretanha, 82; 8.Hungria, 80; 9. Japão, 74; 10. Itália, 71.
O domínio absoluto dos Estados Unidos não deixa dúvidas que representa um diferencial naqueles que nascem no país no desenvolvimento, não só da natação, mas na grande maioria dos esportes.
Não se pode descartar o tamanho, a diversidade e a riqueza da nação, o que inevitavelmente a coloca em uma vantagem competitiva. Isso associado à cultura esportiva do país, ao espírito de equipe da nação – um “espírito esportivo único” que enfatiza a unidade coletiva sobre a glória individual.
A filosofia de “time número um” da América se manifesta em todas as fases da vida do nadador. Começam nas ligas; o sistema reforça; os Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais o consolidam.
É um dos países mais populosos do mundo, associado a uma estrutura esportiva fantástica, a nível de instalações, condições de trabalho, acesso ao esporte e um fortíssimo programa esportivo-universitário (NCAA), preparando o nadador para o esporte e para as carreiras profissionais.
O esforço dos outros países é para tentar desestabilizar esse domínio.
O ano é estratégico. A um ano dos Jogos de Paris.
Os Estados Unidos fizeram uma seletiva bem próxima ao evento e a equipe vem bem renovada.
A ausência da Russia e de alguns nomes apontados como favoritos, como Kristof Milak, fazem as previsões ficarem ainda mais complexas.
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Texto escrito por RICARDO DE MOURA