Daiane Garcia dos Santos foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar a medalha de ouro em uma edição do Mundial.
Foi descoberta pela professora Cleusa de Paula aos 11 anos, quando brincava em uma praça na periferia de Porto Alegre. Daiane fez parte da primeira seleção brasileira completa a disputar uma edição olímpica, nos Jogos de Atenas – 2004.
Daiane foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Campeonato Mundial.
Daiane dos Santos fez parte da primeira seleção brasileira completa a disputar uma edição olímpica, nos Jogos de Atenas, repetindo a presença nas edições seguintes, nas Olimpíadas de Pequim e Olimpíadas de Londres.
Daiane possui, ainda, dois movimentos nomeados após ser a primeira ginasta no mundo a realizá-los: o duplo twist carpado, ou Dos Santos I, e a evolução deste primeiro: o duplo twist esticado, ou Dos Santos II.
Mas não foi nada fácil.
Relembrando os difíceis momentos que passou, Daiane afirmou em 2021 ao G1: “Por fim, sem velar nada, já tive treinador que não quis trabalhar comigo e já tive ‘colegas’ de esporte que não queriam nem usar o mesmo banheiro que eu. Mas Dona Magda e o Senhor Moacir, meus pais, me ensinaram a fazer conta de três muito cedo: você pode tudo, você é capaz, mas terá, muitas vezes, que trabalhar três vezes mais para mostrar o seu valor”.
O destino mostrou uma outra conta de três.
Pela primeira vez na história da Copa do Mundo, três mulheres negras subiram ao pódio no individual geral. A brasileira Rebeca Andrade ficou com a prata, ficando entre as americanas Shilese Jones e Simone Biles, que conquistou o sexto título na final, em Antuérpia.
Há exatos 20 anos da conquista da medalha de ouro de Daiane dos Santos, a primeira ginasta negra a conquistar um título na modalidade.
Valeu a conta de três!
Texto escrito por RICARDO DE MOURA