Os campeões olímpicos são como alienígenas se compararmos a vida e a rotina diária deles com as de um cidadão comum.
Os campeões de todos os esportes podem ter habilidades diferentes: agilidade, velocidade, força. Mas possuem características semelhantes que os ajudam a alcançar o topo do mundo.
Na busca por um tempo melhor, maiores conquistas e realizações, os campeões olímpicos sabem que têm que trabalhar. Contínua e incessantemente.
Ahmed Hafnaoui, da Tunisia, campeão olímpico e campeão mundial de natação, passou as festividades de final de ano treinando em altitude, em Flagstaff (USA). Longe da família e de tudo. Ficará de 30 de dezembro 2023 a 20 de janeiro de 2024.
Com Hafnaoui estão o técnico Mark Schubert, o assistente brasileiro Fernandinho Soraggi e outros 10 nadadores que buscam um espaço na glória olímpica. 2024 é um ano diferente: Jogos Olímpicos de Paris.
Os campeões olímpicos escrevem suas metas e as cumprem. Planejam. Tentam programar, da melhor forma possível, sua vida pessoal e profissional. Mas não perdem o foco. Michael Phelps costumava ter somente 4 dias de folga em suas preparações olímpicas de 4 anos.
Nada vem de graça.
Cada pessoa só pode ser treinada na medida em que seu ego permitir. Os campeões olímpicos são excepcionalmente treináveis, subordinando os seus egos aos conceitos e práticas de seus treinadores. Uma máquina de aprendizado constante.
Ignoram os pessimistas e mantêm a auto estima em alta.
Uma das coisas, infelizmente, que o nadador sabe que não tem controle é o resultado. Ele faz tudo certo, cumpre com as tarefas, concentra-se no seu próprio trabalho e na prova e, simplesmente, pode não acontecer o que ele mais esperava.
Por isso ele luta tanto. Tenta se preparar melhor que seus adversários.
Porque, também, ele tem uma certeza: se ele não fizer, aí mesmo é que nada vai acontecer.
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Texto escrito por RICARDO DE MOURA