No mundo, bilhões de crianças praticam esporte. E, muitas, são consideradas habilidosas.
Somente algumas delas chegarão ao esporte de alto nível.
Ao observar os resultados dos nadadores e reações de técnicos, dirigentes, pais e comunidade nos Campeonatos Brasileiros de Natação de Classe, parece que a internet facilitou a informação, mas restringiu a capacidade de reflexão.
Muitos adultos se esquecem disso e, quando observam equipes ou classificam crianças como talentosas, geralmente escolhem as maiores e mais fortes, e ignoram que elas podem apenas ser mais velhas, ou estão em um estágio mais avançado de maturação biológica.
O que vai estabilizar o desequilíbrio da idade e a evolução biológica mais rápida entre os nadadores? O tempo, a perseverança e a paciência.
Outros, mesmo ainda jovens, possuem maior experiência competitiva, técnicos com maior expertise, melhor plano de trabalho e melhores condições de treinamento.
Mesmo para alguém muito habilidoso, que tenha nascido no lugar certo e conte com o apoio incondicional de seus pais pode, ainda assim, não se tornar um atleta de elite.
Muitos fatores podem alterar o curso de um nadador: lesões, mudança de trabalho, falta de apoio em momentos cruciais, elogios excessivos, maturação precoce, perda de um familiar, pressão excessiva, sobre treinamento…
Na contabilidade final da vida esportiva, vai ficar registrado muito mais quanto aprendeu que quanto ganhou…
As vitórias e as derrotas fazem parte da vida e do esporte. O esporte pode ser uma importante fase do processo de crescimento do atleta e do ser humano.
Perseverança, disciplina, humildade…
Às vezes, a força para seguir em frente pode estar dentro de um simples abraço…
Muitos não irão entender, hoje, o texto. Irão aprender com o tempo.
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Texto escrito por RICARDO DE MOURA