Desde aprender a habituar-se a viver num ambiente líquido, a movimentar-se com eficiência, fazendo da água uma companheira inseparável.
Auxilia a percorrer e construir o caminho em direção ao alto nível a facilidade de acesso às piscinas, paciência, resignação, ambiente, instalações adequadas, domínio e competências técnicas, planejamento de trabalho a longo prazo, apoio familiar, financeiro e de amigos.
Falta de resultados, de foco, de obstinação, disciplina, outras opções de vida, estudos, trabalho, desentendimentos com o treinador e a equipe, lesões, pressão dos pais e da sociedade, falta de metas e objetivos, são grandes empecilhos.
A primeira competição nacional da natação é a da classe infantil (13 e 14 anos). Desde 2014, foram 9 edições do Campeonato Brasileiro de Infantil de natação de Verão (não houve competição em 2020).
Somente quatro clubes se apresentaram entre os 10 primeiros classificados nas 9 edições da competição: Minas T.C. (MG), C.R. Flamengo (RJ), S.C. Corinthians (SP) e Gremio Náutico União (RS).
Os campeões, durante o período foram: Minas T.C – 3 vezes (2014, 2018, 2019), SESI – 2 vezes (2022, 2023) e Flamengo (2021), Curitibano (2017), Corinthians (2016) e Pinheiros (2015), 1 vez cada.
A formação de nadadores no Brasil é realizada em clubes, como em alguns outros países. As próprias instituições e federações oferecem cursos de preparação técnica para professores que vão trabalhar nas equipes de base e depois nas equipes de alto nível.
Além de tornar a identidade esportiva um patrimônio intangível de alto valor, os atletas que chegam ao alto nível formados em seus clubes tornam o investimento mais acessível que importar atletas de outros lugares.
O Gremio Nautico União (GNU), um desses clubes formadores, já produziu vários nadadores olímpicos, como Mauri Fonseca (Tóquio 1964), Sérgio Pinto Ribeiro (Montreal 1976 e Moscou 1980), André Pereira (Rio 2016), Graciele Herrmann (Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016), Fernando Scheffer (Tóquio 2020) e Viviane Jungblut (Tóquio 2020 e Paris 2024).
Essa força e tradição dos clubes formadores foi uma das razões que fizeram os nadadores do GNU ultrapassar a catástrofe no Rio Grande do Sul, participar da Seletiva Olímpica da Natação e, ainda, mesmo com desfalques, ficar entre as 10 primeiras equipes (9º – 133 pontos).
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Texto escrito por RICARDO DE MOURA