Após os Jogos Olímpicos de Tóquio, uma edição das Olimpíadas com tanta restrição, em função da pandemia, um artefato ganhou mais espaço ainda entre os atletas: o telefone celular.
Criou uma (quase) mania obsessiva de fotos, vídeos, stories, que já vinha crescendo.
Os atletas tiveram que se adaptar ao equilíbrio entre as competições e o tempo dispendido com redes sociais.
Embora exista a preocupação dos atletas em manter a aproximação com os fãs, as postagens nesses meses que antecedem os Jogos de Paris estão com conteúdo menos ufanista.
É um choque de realidade. Eles sabem que a disputa vai ser dura. O nível, nesse ciclo menor (3 anos), subiu para além das expectativas.
A maioria, consciente, não quer vender uma probabilidade de resultados sem garantias.
Isso vem acontecendo mesmo com os atletas mais renomados e experientes. Principalmente eles.
Evitam alimentar polêmica ou causar uma situação que desperte a ânsia maior de vitória em seus adversários.
Na natação, mais de 800 índices olímpicos já foram alcançados.
Simples competições ao redor do mundo apresentam vários nadadores fazendo tempos abaixo dos índices estipulados para Paris, sinalizando que a obtenção do índice é só uma simples formalidade.
A mesma consciência realística dos atletas não tem correspondência com as informações da mídia generalizada.
Não são eles que competem nem enfrentam os grandes desafios das arenas esportivas, mas colocam uma pressão incrível, quase que garantindo um resultado acima do possível.
São os profetas do engano e da hipocrisia. Quando os resultados não acontecem, o incômodo fica com atletas e técnicos.
Eles simplesmente mudam de assunto ou ajudam a criticar.
Qualquer assunto em esporte deveria estar exclusivamente focado nos Jogos Olímpicos de Paris. Com honestidade e ética.
#redessociais #esporte #expectativa #Paris2024
Texto escrito por RICARDO DE MOURA